O coração conhece apenas uma linguagem universal: a sensibilidade em compreender o que ele fala.

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sábado, 20 de junho de 2009



Depois de ser mãe, entrei em contato com a beleza das coisas simples. No meu colo, um pequeno ser se comprime em busca de calor e alimentação. Eu sou para ele o mundo e ele é para mim a escola do amor.

Depois de ser mãe, eu aprendi a rejeitar o que, até então, me dava imenso prazer. Quando estou distante, olho para o relógio para que o tempo corra e eu possa novamente aconchegar o meu bebê.

Depois de ser mãe, conheci a preocupação e ela passou a fazer parte de meus pensamentos, esquecendo-me até mesmo de mim.

Depois de ser mãe, senti o orgulho de me ver co-autora de uma criatura, que sei vir de Deus e que tem sua missão neste mundo. Almejava algo extraordinário, digno dos grandes personagens. Conheci, enfim, a loucura de ser mãe.

Depois de ser mãe, já posso me comunicar sem dizer uma palavra e também entender um choro, um sorriso e um olhar. É o diálogo do entendimento, límpido, certo, cristalino e sem máscaras.

Depois de ser mãe, senti o peso da responsabilidade, sabendo que tudo que fizer ou disser será um exemplo, um paradigma. Senti o futuro tocar em minhas mãos e em meu coração.

Depois de ser mãe, aprendi a renunciar a tudo em prol daquele que gerara. Nada é mais importante, nada é mais urgente. Sinto meu coração arder por um gesto apenas, um olhar, um sorriso.

Depois de ser mãe, também aprendi a recuar, a me reinventar, a acordar de sonhos para moldá-los segundo a realidade. E, entendi que filhos são como palavras colocadas no mundo, têm seu tempo, têm seu lugar e formulam pensamentos. Filhos também têm projetos, nem sempre semelhantes aos nossos.

Nada é igual. Tudo está entre o antes e o após ser mãe. Às vezes, nem eu me reconheço, sou outra mulher.

Depois de ser mãe, ainda me surpreendo. Mas é uma doce surpresa, uma alegria, uma tristeza, uma ansiedade, uma doçura, o tudo e o nada na maravilhosa experiência de ser mãe.



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