
O coração conhece apenas uma linguagem universal: a sensibilidade em compreender o que ele fala.
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quinta-feira, 7 de abril de 2011
Qual o elogio que uma mulher adora receber? Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos. Mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais. Diga que ela é uma mulher inteligente e ela irá com a sua cara. Diga que ela tem um ótimo caráter, um corpo que é uma provocação e ela decorará o seu número. Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito, da sua aura de mostério, de como ela tem classe e ela achará você muito observador dando-lhe uma cópia da chave de casa. Mas não pense que o jogo está ganho, manter o cargo vai depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta. Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz que faz você pensar em obscenidades, que ela é um avião no mundo dos negócios. Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical. Agora, quer ver o mundo cair? Diga que ela é boazinha. Uma mulher boazinha tem voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão, aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor. Nunca teve um chilique. Nunca colocou os pés num show de rock. É queridinha, pequeninha, educadinha, enfim, uma mulher boazinha. Fomos boazinhas por séculos, engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ou seja, ceguinhas. Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e bebezinhos. Passamos um tempão assim comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa. Quietinhas, mas inquietas. Até que chegou o dia em que deixamos de ser coitadinhas, ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil, porque somos atrizes, estrelas e profissionais. Adolescentes não são mais brotinhos, agora são garotas da geração teen. Ser chamada de patricinha é uma ofensa mortal. Pitchulinha é coisa de retardada. Quem gosta de diminutivos definha. Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. As boazinhas não tem defeitos, atitudes, conformam-se com a coadjuvância, PH neutro. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos. Somos mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas e apressadas. As "inhas" não moram mais aqui, foram para o espaço sozinhas.
Martha Medeiros
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2 comentários:
simplsmente indiscutível.
certíssimo, foi-se o tempo de mulher boazinha.
somos guerreiras.
Uso roupas pastel,calcados rente ao chao, aceito encomendas de doces,contribuo para algumas entidades carentes, cuido dos filhos das minhas amigas quando necessitam (e vice e versa), ja fiu e continuo indo a muitos shwos de rock,festas alucinantes, adora beber cerveja com meu marido e meus amigos e chutar o balde na sexta-feira. QUE FEMINISMO IDIOTA! ATITUDE E SABER O QUE VOCE QUER DA VIDA, BATALHAR. QUANDO VOCE DESCOBRIR QUE O IMPORTANTE E SER FELIZ A VIDA VAI FICAR MUITO MAIS FACIL. TANTO FAZ AS "INHAS".
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